Cesta básica ficou 3% mais cara e custa R$ 182 em Corumbá

Postada por: Andrey Vieira | Data 08/12/2010 | Imprimir


O preço da cesta básica ficou 3,10% mais caro em Corumbá em novembro. No mês passado, o trabalhador corumbaense desembolsou R$ 182,69 para comprar os produtos, enquanto que em outubro o custo foi de R$ R$ 177,19. Os dados são da pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade Salesiana de Santa Teresa (FSST) nos dias 29 a 30 de novembro nos principais supermercados de Corumbá.

Nove dos treze produtos que compõem a cesta básica registraram aumento entre os meses pesquisados. A maior elevação foi no preço do tomate que subiu 12,17%. Logo depois aparece o feijão (+11,67%); açúcar (+9,90%); batata (+5,93%); farinha de trigo (+5,31%); carne (+1,71%); óleo de soja (+1,11%); leite (+0,09%) e o pão com uma variação de 0,04%.

Na consulta de outubro, a maior elevação tinha sido no preço da carne, que havia subido 29,55%. A maior queda de preço foi da banana, com uma redução de 5,7% no valor. O arroz apareceu em segundo (-2,80); seguido pelo café (-1,85%) e margarina (-1,83%).

“A carne continuou a registrar aumento no preço em novembro. No entanto, o produto que demonstrou maior força de alta foi o tomate e mais alguns produtos básicos do dia a dia como açúcar e o feijão. A conclusão é que provavelmente teremos uma ceia de Natal com produtos mais caros”, avaliou o economista Raul Assef Castelão, um dos coordenadores da pesquisa de preços.

Os produtos que compõem a Cesta Básica, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e a lei que estabelece o salário mínimo são: açúcar; arroz; banana; batata; café; carne; farinha de trigo; feijão; leite; margarina; óleo; pão e tomate.

Horas trabalhadas

Para adquirir a cesta básica, o trabalhador corumbaense precisou, em novembro, trabalhar 79,20 horas para comprar os alimentos. Em outubro, a jornada era de 76,43 horas. O que representa uma perda importante do poder de compra do seu salário. A Constituição Federal de 1988 estipula que o trabalhador deve trabalhar 220 horas mensais para pagar o conjunto alimentício. O preço da cesta básica em Corumbá representou 35,82% do salário mínimo que é de R$ 510.

O economista Raul Assef Castelão, reforçou que a pesquisa com o índice de preço da cesta básica de Corumbá e Ladário teve mudança na metodologia da coleta de dados. A nova dinâmica da pesquisa corrigiu algumas dificuldades como a de encontrar as mesmas marcas e produtos nos locais de pesquisa. “Isso nos levou a estender a lista de marcas pesquisadas para mais de 30 itens. Em Ladário, surgiram novos obstáculos em relação aos locais de pesquisa”, esclareceu Raul. Com base na nova metodologia, setembro de 2010 passou a ser “mês base zero” da pesquisa.




Fonte: DiárioOnline

Naviraí Diário
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