Pintor se depara com jibóia em pousada na Capital

Postada por: Andrey Vieira | Data 06/11/2010 | Imprimir
Ocorrências similares são frequentes nessa época do ano, diz bióloga


A única explicação possível encontrada por Silva é um terreno baldio que fica ao lado. “Acredito que tenha vindo dali. Na pousada é tudo calçado. Esta noite deixei a porta e a janela abertas e a cobra deve ter entrado”, explica o responsável pelo estabelecimento.


O Corpo de Bombeiros foi acionado para remover a serpente, que foi levada ao biotério da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), único local autorizado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recuros Naturais Renováveis) para este fim.


Frequente – Encontrar cobras em áreas urbanas é mais comum do que se imagina. É o que diz a bióloga e veterinária Paula Helena Santa Rita, responsável pelo biotério.


Segundo ela, na época que vai de dezembro a março as serpentes se reproduzem e consequentemente casos como o da pousada se tornam mais frequentes.


“Tem dias que tem três resgates para serem feitos. Pode ter de 10 a 15 animais por mês”, explica a bióloga.


Acidentes envolvendo serpentes também são comuns, mas pouco divulgados pela mídia. Recentemente ela cita o caso de uma criança picada por uma cobra em Naviraí. Geralmente, ocorrências como essa, aparecem mais no interior do estado.


“Esse período (de reprodução) coincide com a colheita”, explica Paula.


Entre as espécies que são mais comuns nas áreas urbanas as jibóias são as que aparecem com mais frequência, principalmente em locais onde existem galinheiros e lixo acumulado.


Nessas áreas, de acordo com a bióloga, alimentos preferidos da espécie aparecem, como pequenas aves e roedores.


“Já achamos uma jibóia na Rui Barbosa dentro de uma boca de lobo”, conta. Somente nesta semana foram quatro capturas de serpentes dessa espécie.


Inusitadas – Algumas aparições de cobras, no entanto, chamam atenção pelas circunstâncias.


Paula se lembra de um homem que entrou em contato com ela porque tinha uma cobra dentro do motor do carro.


Quando ela chegou lá o comunicante estava impaciente, pois, atrasado para o trabalho, não havia conseguido que o chefe acreditasse que a demora se devesse a uma serpente dentro do veículo. “Ele queria que eu falasse com o chefe dele".


Outra vez foi encontrado um filhote de cascavel no segundo andar de um prédio em Campo Grande.


Ao chegar ao local, a bióloga resgatou a serpente e curiosa por como que a cascavel havia parado embaixo do cesto de roupa suja da casa, perguntou à dona do imóvel se ela havia feito alguma viagem recente ao interior.


“Ela disse que havia ido à chácara para visitar a filha dela há duas semanas”, conta Paula. Portanto, a cascavel escondia-se dentro do apartamento durante todo esse período de tempo.


Paula orienta que ao visitarem o campo as pessoas não deixem bolsas no chão e tampouco mochilas abertas. Em caso contrário pode haver uma surpresa.


Visitas – O biotério é aberto ao público principalmente para visita de estudantes, que podem conhecer todo o trabalho e as espécies armazenadas no local, tudo sem custo algum.


Também existe a possibilidade de palestras direto nas escolas. O biotério dispõe de recipientes onde as serpentes são levadas para exposição. O telefone para agendamento e contato é o (67) 3312-3688.




Fonte: CampoGrandeNews

Naviraí Diário
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