Primeira etapa da vacinação contra poliomielite acontece hoje

Postada por: Andrey Vieira | Data 12/06/2010 | Imprimir
Devem ser vacinadas crianças até cinco anos de idade (Foto: Divulgação)


Hoje (12) é o “Dia D” da primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação Infantil. Pais ou responsáveis pelas crianças menores de cinco anos devem procurar os postos de Saúde ou as unidades volantes para que elas sejam imunizadas contra a poliomielite.


Este ano, aproveitando o ano de Copa do Mundo, a campanha do Ministério da Saúde traz como slogan “Vacinou, é gol”. A expectativa é imunizar 15.462.013 – ou 95% das crianças na faixa etária da campanha – com o objetivo de manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite. A segunda etapa da campanha será dia 14 de agosto.


Em Mato Grosso do Sul são 206.035 crianças menores de cinco anos de idade que precisam tomar a vacinada. Com a meta de 95%, pelo menos, 195.733 devem ser imunizadas.


A doença
A poliomielite é uma infecção transmitida por meio do contato com um portador da pólio ou então com fezes humanas. Os principais sintomas são: febre, mal-estar, dor de cabeça e, em alguns casos, paralisia flácida (incapacidade de mexer os membros). Para esta doença não existe tratamento, apenas a vacina garante a imunização.


A vacina
A vacina é trivalente, ou seja, contém uma suspensão dos vírus da poliomielite atenuados dos tipos 1, 2 e 3 (cepas Sabin). A eficácia da vacina fica em torno de 90% a 95%, conferindo proteção contra os três tipos de poliovírus já após a primeira dose. Para uma longa imunidade, frente aos três tipos de poliovírus, faz-se necessária a série completa do esquema básico, ou seja, três doses.


Assim, praticamente 100% dos vacinados terão proteção garantida. Até o momento, não existe contraindicações absolutas à administração da vacina oral contra a poliomielite; contudo, ela deve ser evitada nas seguintes situações:


• crianças portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38º C;


• crianças com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina, a exemplo da estreptomicina ou eritromicina;


• crianças que, no passado, tenham apresentado qualquer reação anormal a esta vacina;


• crianças imunologicamente deficientes devido a tratamento com imunossupressores ou de outra forma adquirida ou com deficiência imunológica congênita. Também não deve ser administrada em crianças submetidas a tratamento com corticosteróide, antimetabólicos, radiação ou a qualquer terapia imunossupressora.


Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre janeiro e maio de 2010 foram registrados 237 casos da doença, apesar dos esforços para erradicação da poliomielite no mundo. Desses, somente 52 foram registrados em países considerados endêmicos na África e na Ásia.


Os números explicam a grande mobilização em torno da vacinação contra a poliomielite. No Brasil, país onde a erradicação da doença foi certificada pela OMS em 1994, há mais de 20 anos não há registro de casos. O sucesso é resultado das campanhas realizadas desde 1980 no País.




Fonte: NoticiasMS

Naviraí Diário
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