Municípios de MS fazem atos contra cortes na educação e reforma da Previdência
Estudantes, professores e indígenas realizaram nesta quinta-feira (30/05) atos em municípios de Mato Grosso do Sul contra cortes no orçamento da educação e também contra a reforma da Previdência. O movimento foi realizado em todo o país.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.
Em Campo Grande, a primeira manifestação começou pela manhã no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Participam o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul (Sintrae-MS), Diretório Central Estudantil (DCE) da instituição e professores. Com cartazes, eles debateram o tema.
Também na capital, à tarde, uma manifestação teve início na praça Ary Coelho, no centro, também promovida por alunos da UFMS. Os alunos saíram em caminhada distribuindo panfletos à população sobre a importância da universidade pública.
Em Dourados, estudantes e professores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) fecharam a MS-162, no acesso à instituição. A manifestação começou no início da manhã e terminou por volta das 10h30.
Em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, alunos do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) fizeram uma manifestação próximo à linha internacional. Na praça da cidade, com cartazes, os alunos realizaram um aulão.
Em Amambai, indígenas bloquearam a MS-386. Eles querem chamar atenção do governo federal sobre verbas para a educação, saúde indígena, atraso nos salários de trabalhadores em aldeias e reforma da Previdência.
Em Anastácio, outro grupo de indígenas bloqueia a BR-262, no acesso ao distrito Taunay. A Polícia Rodoviária Federal acompanha.
Bloqueio
Em Mato Grosso do Sul, o bloqueio foi de R$ 78 milhões. Deste total, quase R$ 30 milhões são da UFMS, quase R$ 31 da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e cerca de 17 milhões do IFMS. A redução no valor repassado pelo governo federal a estas instituições pode prejudicar o pagamento de contratos de serviço, além de bolsas de pesquisa e a realização de obras.
Fonte: TV Morena
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