Artigo: Chico Xavier e a alma do Brasil
Essa é a frase da capa da revista Época dessa semana. A matéria começa, perguntando, como se explica que um homem pobre, doente e semi-instruído, nascido mulato no início do século passado, em Minas Gerais, veio a se tornar, ao longo de seus 92 anos de vida, e depois dela, uma espécie de mito brasileiro???
Pegando o gancho dessa matéria, gostaria de analisar esse rico personagem humano, de nossos tempos. O que fez Chico Xavier pra despertar tamanha popularidade??
Gostaria de antecipar, que não vamos focar o lado da fé, que ele tinha, e a Doutrina que ajudou a sedimentar em terras brasileiras.
Crenças, fé, cada um tem a sua. Nem vamos focar, no talento mediúnico, de que Chico era possuidor.
Pois, há quem acredite, quem não, e até quem nunca ouviu falar sobre isso.
Vou me ater, “À FIGURA CARISMÁTICA E HUMANA DE CHICO XAVIER”.
O homem bom, que amava por demais o seu semelhante.
Que através de sua personalidade e bondade, conseguiu arregimentar um séqüito imenso de colaboradores e
seguidores, para obras em favor do próximo.
Alguém que, quem conhecia, não consegue esquecer, dado ao amor e bondade que transpirava por todos os poros do seu corpo e de sua alma.
Fico impressionado, como exemplos de pessoas boas, humanitárias, contagiam a todos nós. Creio que desperta-nos, a vontade de sermos semelhantes, ao menos de tentarmos ser melhores.
Eu creio que o fascinante na personalidade de Chico Xavier, é exatamente, o poder que tem de nos tocar fundo a alma.
Independente da mediunidade que fez dele, maior canal por onde a comunicação entre vivos e mortos se fez até hoje no Brasil.
Independente também, de acreditarmos, se realmente ele psicografou mais de 451 títulos de livros.
De crermos ou não, que exista esse intercâmbio, com o além. Ou menos se a Doutrina por ele divulgada, me é simpática ou não.
Tudo isso fica menor, quando enxergamos, o ser humano de primeira grandeza que ele foi.
Quando olhamos sua vida, cheia de dignidade, e respeito.
Quando reconhecemos que, o que o moveu em seu quase um século de existência, foi somente o AMOR, pelo seu irmão de caminho.
Principalmente aquele que sofria, que tinha necessidades físicas ou emocionais. O QUE MAIS NOS TOCA É O AMOR QUE ELE SEMEOU ENQUANTO VIVEU. Um exemplo a ser seguido, independente do credo religioso que tenhamos.
Agora famoso esse humilde mineiro, é tema de capa da Revista Época, será matéria do Globo Repórter desse mês de março, ainda sua história está virando filme, que estréia nos cinemas, no mês de abril, mês de seu nascimento.
Creio, que se ele pudesse optar, não gostaria de todo esse estrelismo, pois em vida, foi alguém pra lá de discreto.
Por ser quem era, e possuir os TALENTOS MORAIS incontestáveis que possuía, sempre foi centrado em sua tarefa, diria mais que tarefa, SUA MISSÃO, e alheio a fama.
Mas hoje, porém, resolveram, colocar sua vida em documentário, revista e cinema.
Era tão discreto, que em vida sempre dizia que gostaria de morrer (ou desencarnar) em um dia, em que o Brasil estivesse absorvido com acontecimentos maiores, e sua morte pudesse passar despercebida.
E foi atendido, pois partiu, quando o Brasil comemorava a vitória na Copa do Mundo.
Por tudo isso fico a cismar....como será que Chico, aonde se encontra está recebendo toda essa exposição???
Chico Xavier foi uma figura humana admirável. Falar de Chico Xavier é falar de AMOR.
Um abraço fraternal a todos.
***Por Paulo Hamilton, professor aposentado em Naviraí e colaborador deste site)
Fonte: Paulo Hamilton
www.naviraidiario.com.br