Milho mais caro eleva custos de outros setores no MS

Postada por: Jr Lopes | Data 01/08/2018 | Imprimir
Quebra da produção é razão do aumento (Foto: Divulgação)


A quebra de produção brasileira em razão das condições climáticas desfavoráveis continua a inflar a cotação do milho de Mato Grosso do Sul. Ontem, o preço da saca do grão registrou média de R$ 28,50, cerca de 75% a mais que no mesmo período do ano passado, quando a saca estava cotada em apenas R$ 16,25. Os dados são da agência de informações agropecuárias Rural Business.

 

Segundo a analista-chefe de grãos da instituição, Tânia Tozzi, além da estiagem que castigou a safrinha nos últimos meses, outras variáveis também colaboraram para elevar os valores do produto. “A redução da área de verão está sendo um problema grave para o Brasil. A área está cada vez menor em razão do crescimento da soja. Juntando isso aos problemas climáticos e a consequente quebra expressiva de produção, temos como resultado esse descompasso entre oferta e demanda, que faz subir os preços”, explica.

 

E a guerra comercial entre Estados Unidos e China também pode trazer efeitos relevantes para o milho safrinha. “Nós fizemos um levantamento, que descobriu um navio chinês nomeado para buscar milho do Brasil. Isso é algo superimportante. A China não é um grande importador de milho, porque eles já são grandes produtores. Mas, pelo terceiro ano seguido, a China vai produzir menos milho do que consome. O mundo aguarda que o país asiático entre no mercado de importação do milho e, com a briga com os Estados Unidos, o Brasil passa a ser uma ótima opção para os chineses realizarem essas aquisições”, aposta.

 

As exportações de milho sul-mato-grossense já vêm demonstrando um crescimento considerável. Em junho deste ano, o milho totalizou US$ 40,378 milhões em vendas, o que representa avanço de 383,73% em relação ao mesmo período de 2017 (US$ 8,347 milhões). O volume do grão enviado para o exterior praticamente quintuplicou no período comparado, saindo de 50,656 mil toneladas para 244,909 mil toneladas.




Fonte: Correio do Estado

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