Professores param e alunos ficam sem aula nesta terça
O protesto dos professores para pressionar pela aplicação do piso salarial deixou 70% das 369 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul sem aula nesta terça-feira. O número de adesão foi divulgado pela Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). A paralisação não é unânime e em Naviraí apenas as escolas da Rede Municipal de Ensino pararam.
Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul o assunto será debatido na manhã desta terça entre os deputados. A expectativa é que o debate lote o plenário da Assembleia. Entre 12h e 13h, ônibus sairão da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) para levar os professores ao local.
De acordo com o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves, o dia de hoje será reposto de acordo com o calendário escolar definido por cada colégio. O mais usual é que o dia perdido seja reposto no sábado.
Supremo
A manifestação nacional pretende pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal) para que julgue o mérito da Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a remuneração e carreira no magistério.
A Adin foi proposta pelo governador André Puccinelli (PMDB) e mais 4 governadores. Eles questionam, principalmente, as alterações na jornada de trabalho dos professores, que obrigariam a contratação de mais profissionais.
De acordo com o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, a remuneração por 40 horas semanais deveria ser de R$ 1.312, mas as prefeituras, diante da falta de definição no STF, conseguem pareceres jurídicos para pagar menos.
Para alguns, o valor só poderá ser corrigido após o julgamento do mérito da Adin pelo Supremo. O Governo estadual e mais 17 cidades pagam mais de R$ 1.312,85, valor considerado o piso ideal pela entidade.
Fonte: Jr Lopes e CG News
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