Sesi de Dourados comemora participação no Torneio Nacional de Robótica

Postada por: Jr Lopes | Data 19/03/2018 | Imprimir
Foto: Divulgação


Eles se dedicaram bastante, estudaram, foram inovadores, programaram e desenvolveram o design de robôs de lego e demonstraram que sabem trabalhar muito bem em conjunto. O time da Escola do Sesi de Dourados, o Megamentes, saiu do Torneio Nacional de Robótica mais experiente e preparado para enfrentar as próximas disputas, além de levar na bagagem palestras do grupo Ciência em Show, do astronauta brasileiro Marcos Costa, oficinas de design thinking e, principalmente, a troca de conhecimento com alunos de todo o Brasil durante a competição, que terminou ontem (18/03) e foi realizada ao longo de três dias, em Curitiba (PR), no campus da Indústria da FIEP (Federação das Indústrias do Paraná).

 

Para o superintendente regional do Sesi, Bergson Amarilla, a participação em torneios de robótica é um estímulo a mais para os alunos adotarem uma postura inovadora. “No torneio, eles aplicam os conhecimentos em robótica, uma disciplina que integra a grade regular da rede de escolas do Sesi, e, entre outros fatores, aprendem a pensar em soluções para os problemas do dia a dia, a empreender e trabalhar em equipe”, pontuou.

 

Os alunos da Escola do Sesi de Dourados, por exemplo, passaram meses trabalhando no desenvolvimento do projeto “Lavadim”, uma solução simples que pode ser adaptada para comércios e residências reaproveitarem a água do enxágue da máquina de lavar para regar o jardim. O grupo, que têm entre 10 e 16 anos de idade, criou o mecanismo com base no tema proposto pela FLL para esta edição do torneio de robótica – “Hydro Dinamics: O que poderia se tornar possível quando compreendemos o que acontece com a nossa água?”.

 

Preparação

O time também construiu o robô batizado de Megadom e, utilizando o “arduino” (hardware conhecido entre estudantes e projetistas amadores), estudou de forma a deixá-lo com movimentos mais precisos para concorrer no torneio de robótica. Para a diretora da Escola do Sesi de Dourados, Sibele Aparecida e Silva, o fato de os alunos chegarem tão longe no torneio é resultado dos investimentos e estímulo a pesquisa e inovação. “É uma emoção enorme ter participado do Nacional, estamos muito satisfeitos e realizados com todo o trabalho desenvolvido pelos técnicos e alunos, o que só vem reafirmar o sucesso do Sesi em robótica”, salientou.

 

Essa foi a primeira vez que um dos times de robótica da rede de escolas do Sesi de Mato Grosso do Sul chega tão longe na competição. O Sesi, por sua vez, adota a robótica educacional em sala de aula desde 2006. Para a técnica da equipe e pedagoga da Escola do Sesi de Dourados, Olívia Maria de Freitas França, chegar à etapa nacional mostrou que o time está no caminho certo. “Agora vamos refletir e colocar em prática tudo o que aprendemos com esta experiência, assim melhoraremos nossos trabalhos e faremos mais bonito na próxima temporada”, disse.

 

A aluna da Escola do Sesi de Dourados e integrante do time de robótica, Samara Galindo Bernardo, ressaltou o quanto a participação foi importante para ela. “Me senti muito alegre e realizada ao apresentar nosso projeto. A estrutura do torneio foi muito bem organizada e aprendi nesses três dias que nossa equipe pode crescer cada vez mais, e que estarmos juntos é a melhor solução para tudo”, disse a aluna, destacando, inclusive, um dos critérios avaliados pelos jurados durante o torneio, que é o trabalho em equipe.

 

“Estar no Nacional foi uma experiência única, apesar de não termos nos classificado, o aprendizado é o que importa. Esse é só o início da equipe Megamentes, só por estarmos lá já foi uma vitória”, completou Kaio Otthon, outro aluno que compõe o time. Também fazem parte do time de robótica Megamentes os alunos Giovane Luna, Beatriz Lomba, Matheus Bueno Novaes, Igor Lourenzon, Samir Murad, Camila Xavier, Yasmin Fidélis e Julia Marques.

 

Os campeões

A equipe Thunderbóticos, da Escola do Sesi de Rio Claro (SP), ficou em primeiro lugar geral dentre as 83 que competiram no Torneio Nacional de Robótica FIRST Lego League, organizado pelo Sesi Nacional. A equipe Jedi's, da Escola do Sesi de Jundiaí (SP), conquistou o segundo lugar e, em terceiro, ficou a Big Bang, da Escola do Sesi de de Birigui (SP). Com o resultado, as três equipes garantiram vaga em torneios internacionais de robótica e as campeãs poderão escolher entre o World Festival, em Houston (EUA), ou os torneios da Hungria e Estônia.

 

Outras sete equipes que também tiveram bom desempenho na etapa nacional, em Curitiba, ganharam o direito de participar das disputas internacionais representando o Brasil: Red Rabbit (Escola do Sesi de Americana/SP), Robotics School (Escola do Sesi de Ourinhos/SP), Lego da Justiça Planalto (Escola do Sesi de Planalto-Goiânia), Fênix (Escola do Sesi de Bauru-SP), Gametech Canaã (Escola do Sesi de Canaã-Goiânia), Biotech (Escola do Sesi de Barra Bonita/SP) e Robocamb (Escola do Sesi de Maceió/AL).

 

O diretor de operações do Sesi Nacional, Paulo Mól, considera que a robótica é fundamental para qualquer estudante, porque estimula a busca de soluções para problemas do nosso dia a dia. “No torneio, eles aplicam os conhecimentos em robótica e ainda têm uma questão muito importante do trabalho em equipe no desenvolvimento dos projetos. A competição é também um estímulo à inovação. Além pesquisar soluções inovadoras, os estudantes já começam a pensar em modelos de negócio e como implementar o projeto que criaram”, disse.

 

O torneio

Entre as atividades propostas no torneio está o Desafio do Robô, para a qual os alunos da Escola do Sesi de Dourados criaram o robô “Megadom”. Nela, os robôs são colocados para cumprir determinadas missões, solicitadas na hora pelo júri da FLL. Pode ser navegar, capturar, transportar, ativar ou entregar objetos na mesa de competição. Cada equipe teve direito a três rounds, de 2 minutos e 30 segundos cada, para execução.

 

Os robôs projetados e construídos pelos próprios alunos também são avaliados na categoria Design do Robô, e os times utilizam sensores de movimento, cor, toque, controladores e motores. Os juízes levaram tudo isso em consideração, além da estratégia e programação. Contou pontos, ainda, o Projeto de Pesquisa com uma solução inovadora sobre o uso da água (no qual foi avaliado o “Lavadim”).  A solução foi compartilhada com os outros competidores e, então, avaliada pelos juízes. Por fim, na categoria Core Values, os estudantes precisaram mostrar que sabem trabalhar em equipe.




Fonte: Daniel Pedra/Fiems

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