Excesso de umidade no solo prejudica lavouras de soja
Monitoramento feito por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Agropecuária Oeste), em Dourados na região Sul do Estado confirma que excesso de umidade do solo e nebulosidade estão provocando abortamento de vagens da soja e ainda, reduzindo o enchimento de grãos.
Na avaliação do pesquisador, Danilton Luiz Flumignan, a ocorrência de chuva na fase reprodutiva das lavouras, tão desejada pelos agricultores aconteceu, porém veio acompanhada de alta nebulosidade.
“No período de 19 de dezembro até 23 de janeiro, a região Sul do MS esteve sob a constante presença de nebulosidade. Dos 36 dias deste período, tivemos chuvas em 30 deles. Ou seja, embora as plantas tivessem água à disposição, faltou luz solar”, detalha o profissional.
MONITORAMENTO
Dados relacionados a radiação solar diária medido na estação agrometeorológica da Embrapa Agropecuária Oeste, por meio do Guia Clima , demonstram que desde setembro a radiação solar que incidiu sobre a região de Dourados foi abaixo do normal.
“Esse fenômeno ficou ainda mais evidente de outubro em diante, meses em que os valores medidos foram pelo menos 15% abaixo do normal.
Para se ter uma ideia, nos meses de novembro, dezembro e janeiro no período de 2001 a 2012, jamais foram registrados valores tão baixos como os de agora. Logo, esta safra está sendo atípica e constituindo um recorde para a variável luminosidade”, explica Flumignan.
Quando a baixa luminosidade acontece na fase de formação das vagens e enchimento de grãos, a consequência é o abortamento de vagens, especialmente as pequenas, bem como o menor enchimento e produtividade que pode diminuir entre 17% e 26%.
Fonte: Correio do Estado
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