Policiais ambientais de 13 estados terão curso de Taxidermia e Educação Ambiental
A Polícia Militar Ambiental (PMA) realiza a partir desta terça-feira (5.12) até o dia 14 de dezembro, o VII curso de Taxidermia (empalhar) de Animais Silvestres e Educação Ambiental, que acontece no hotel Pesqueiro Anzol de Ouro, em Ladário.
A formação visa a preparar os policiais para aproveitamento de animais atropelados, ou que morrem nos Centros de Reabilitação de Animais Silvestres, fazendo taxidermia e os utilizando em oficinas de educação ambiental, em especial em escolas públicas e privadas, para discutir os problemas relacionados à fauna.
O curso objetiva principalmente a troca de experiências entre as PMAs sobre os tipos de trabalhos de Educação Ambiental que cada polícia executa em seu Estado, com a finalidade de qualificar e melhorar esse tipo de trabalho preventivo tão fundamental para a minimização dos crimes e infrações ambientais.
Uma das disciplinas com carga horária de 20 horas é de Educação Ambiental, quando há discussões sobre a Educação Ambiental no Brasil e sobre a aplicação e andamento das Leis das Políticas Estaduais sobre o tema. Durante a disciplina os participantes de cada Estado apresentam os projetos de Educação Ambiental que são desenvolvidos pelas PMAs dos seus estados, visando a possível adaptação de trabalhos que um estado está desenvolvendo, para serem aplicados em outros.
Taxidermia aplicada à Educação Ambiental
A ideia desse tipo de trabalho de taxidermia é montar museus itinerantes de educação ambiental para se ter um atrativo às crianças e adolescentes para discutir as razões que levaram àqueles animais a estarem mortos e não na natureza. Trata-se de uma forma bastante didática, que tem fundamentado e tornado os trabalhos na área de Educação da PMA extremamente requisitados, até porque, o museu de fauna itinerante é somente uma das oficinas utilizadas.
Os trabalhos envolvem ainda oficina de reciclagem (discute-se – resíduos sólidos), do ciclo da água (discute-se recursos hídricos), a casinha da energia (discute-se sobre energias e seus impactos, bem como energias renováveis e limpas), plantio de mudas nativas (discute-se – desmatamento, assoreamento, importância da flora etc.), além do teatro de fantoches, em metodologia que permite ao público ter a noção de que o ambiente é um sistema complexo e, cada ente afetado, pode causar uma reação em cadeia, prejudicando todo esse complexo e, enfim, o homem nessa cadeia.
Além disso, cada oficina tem um panfleto com informações básicas, que são distribuídos aos professores, para que deem continuidade aos temas. Ou seja, a Educação Ambiental não-formal incentivando o desenvolvimento da formal.
Local
O curso ocorreu nos três últimos anos na fazenda Green Farm CO2 Free, em Itaquiraí, a 70 km de Naviraí, próxima à divisa com o estado do Paraná. Neste ano participam 30 pessoas. Além da PMA de MS, participam também policiais ambientais de mais 12 estados, procedentes do Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso, Amazonas, Pará e Rondônia.
Ainda estarão presentes representantes de instituições parceiras da PMA nos trabalhos de Educação Ambiental: um técnico de laboratório da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), de Corumbá; um funcionário da empresa Caimasul (criação de jacarés) e a diretora do Instituto das Águas da Bodoquena (IASB).
Durante o VI curso ocorrido no ano passado foram confeccionados 52 animais silvestres, que atualmente compõem os trabalhos de Educação Ambiental da PMA. O curso é ministrado pelos policiais ambientais (taxidermistas) CB PM Vilson e SGT PM Celso, além do tenente coronel Queiroz (doutor em Ecologia).
Museu de Educação Ambiental
Os animais que taxidermizados (empalhados) neste ano, inclusive, um tatu-canastra de 36 kg vítima de atropelamento em Bataguassu, serão para constituir o museu de Educação Ambiental da 2ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Corumbá, que será inaugurado durante a solenidade de encerramento do curso no dia 14 de dezembro.
Fonte: Assessoria/PMA
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