Vacinação contra a gripe suína começa amanhã
O Ministério da Saúde inicia amanhã a campanha de vacinação contra a gripe suína com o objetivo de imunizar pelo menos 73 milhões de pessoas até o dia 21 de maio. O período antecede o inverno -quando a transmissão dos vírus da gripe ocorre com maior intensidade.
Serão priorizados grupos com mais chances de desenvolver quadros graves e morrer. Entre os critérios para a escolha estão recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e dados epidemiológicos do primeiro ano da pandemia de H1N1. A imunização começará com indígenas e trabalhadores da área da saúde. A partir do dia 22, começam a ser vacinados outros grupos, entre eles as gestantes. No ano passado, pelo menos 156 grávidas morreram por causa da doença.
Também serão vacinadas crianças que tenham entre seis meses e dois anos, pessoas com idade entre 20 e 39 anos e doentes crônicos -diabetes por exemplo. Não será necessário apresentar atestado. No total serão disponibilizadas 91 milhões de doses da vacina.
Segundo Eduardo Hage, diretor de Vigilância Epidemiológica do ministério, "a maior disponibilidade de vacina no mercado possibilitou a ampliação do público-alvo. Até janeiro, o ministério não incluía no calendário pessoas com idade entre 30 e 39 anos.
Todos os interessados poderão receber aviso do ministério por e-mail alertando sobre o início do período de vacinação. Na página do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br), o internauta poderá cadastrar seu e-mail e selecionar a data de vacinação do grupo ao qual pertence. O cadastro estará disponível a partir de amanhã.
Particular
Quem não se enquadrar nos critérios pode, em tese, procurar clínicas privadas, mas o ministério já adiantou que recomendará a elas que atendam ao mesmo público-alvo da pasta.
Além disso, os laboratórios que fabricam a vacina, entre eles a Glaxo SmithKline e a Sanofi Pasteur, já afirmaram que a prioridade é produzir para o setor público, o que poderá tornar mais difícil encontrar a vacina em laboratórios privados. Mesmo com boa parte da população fora da vacinação, o ministério considera que a campanha beneficiará a população como um todo, pois diminuirá a circulação do vírus.
Incógnita
Cerca de um ano depois de a doença aparecer e de já ter provocado 16 mil mortes no mundo, sendo 1.705 no Brasil - segundo dados oficiais- ainda não é possível prever como será o segundo ano da doença.
"Segundo a avaliação da OMS, não há evidência científica que indique que o vírus esteja mais perigoso ou mais brando em relação à primeira onda", afirma Eduardo Hage. Segundo ele, a OMS calcula que a avaliação será ocorrerá em 2011.
Fonte: FolhaOnline
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