Assassinos de ex-vereador e esposa participarão de audiência

Postada por: Jr Lopes | Data 23/10/2017 | Imprimir
Rivelino e os filhos quando foram presos e apresentados pela polícia (Foto: Divulgação)


Acontece às 15 horas desta segunda-feira (23/10), na 4ª Vara Criminal de Campo Grande, a audiência de instrução e julgamento dos três envolvidos no latrocínio - roubo seguido de morte - do ex-vereador Cristóvão Silveira, 65, e da esposa Fátima Silveira, 56. Os fatos ocorreram no sítio das vítimas, no dia 18 de julho. 

 

O caseiro da propriedade, Rivelino Nunes Mangelo, 45 anos, planejou e executou o crime com apoio dos filhos Rogério Nunes Mangelo, 19, e Alberto Rivelino Mangelo, 20, e do sobrinho Diogo André dos Santos Almeida, 19. O grupo roubou a camionete de Silveira e objetos da sede, mas acabou preso no mesmo dia. Diogo morreu em confronto com a Polícia Militar.

 

Durante a audiência, determinada pelo juiz Giuliano Máximo Martins, da comarca de Anastácio-MS, onde o processo tramita, serão ouvidas acusação e defesa, bem como todas as testemunhas arroladas. Ao final do procedimento, os réus são interrogados. Caso todas as partes intimadas compareçam e não seja necessário nova audiência, o juiz abre vistas, para que haja tempo de novas diligências. Em seguida são colhidas as alegações finais e encaminhado o julgamento.

 

Rivelino, Rogério e Diogo participaram diretamente do crime. Alberto, que é capataz em uma propriedade rural no município de Anastácio, receptou bens roubados, entre eles uma televisão, e prestou auxílio para o primo e o irmão, que tentavam levar a camionete para a fronteira com a Bolívia. "Alberto responde apenas por receptação e favorecimento pessoal", disse o advogado de defesa, Conrado de Sousa Passos.

 

O crime

Cristóvão e Fátima foram mortos de forma violenta no Sítio Bem-Te-Vi, localizado às margens da rodovia MS-080, entre a Capital e Rochedo. O mentor do crime foi o caseiro da propriedade, Rivelino Mangelo. Por volta das 14h30 do dia 18 de julho, Silveira chegou em sua camionete L200 Triton, juntamente com Fátima. Imediatamente, ele foi atraído pelo funcionário para o galpão de criação de pintinhos, enquanto a mulher foi na direção da casa. 

 

Ao entrar no galpão, Silveira foi surpreendido por Diogo e Rogério, com golpes de facão. Ele tentou reagir, mas não resistiu e acabou caindo, oportunidade em que Rivelino lhe desferiu mais golpes na cabeça, desfigurando-o.

 

Ao perceber o que estava acontecendo, Fátima saiu da casa segurando um machado e tentou defender o marido, mas levou uma facada na barriga e outra no pescoço, dadas por Rivelino. Em depoimento, ele afirmou que “enfiou o facão no pescoço dela”. Por conta da grave lesão, a mulher perdeu a consciência e caiu. Conforme relatado pelos próprios autores, enquanto eles subtraíam objetos e colocavam na camionete, Rivelino ficou sozinho com ela no galpão e lhe abusou sexualmente. 

 

Após o crime, Rivelino foi para o distrito pedir ajuda, alegando que a chácara tinha sido invadida por ladrões, enquanto que Diogo e Rogério foram para a casa do outro filho do caseiro, Alberto. Diogo não sabia dirigir e pediu apoio a uma quinta pessoa, foragida, e foi com ela para a fronteira, onde morreu em confronto com a PM. Alberto foi preso porque, mesmo vendo o irmão e o primo ensanguentados, os auxiliou e ficou com a TV tomada das vítimas.




Fonte: Correio do Estado

Naviraí Diário
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