Santos tenta resistir à força do futebol chinês, mas teme saídas

Postada por: Jr Lopes | Data 15/01/2016 | Imprimir
Geuvânio é o principal alvo do futebol chinês no elenco do Santos agora (Foto: Ricardo Saibun / Santos FC)


A mesma enxurrada de dinheiro que tirou Ralf, Renato Augusto e Jadson do Corinthians se aproxima do Santos. O Peixe começou, nos últimos dias, a sentir a pressão do poderio financeiro do futebol chinês. Por enquanto, está resistindo, mas o presidente Modesto Roma Júnior teme a saída de jogadores.


O alvo da vez no Alvinegro é o atacante Geuvânio. O jogador de 23 anos, segundo Modesto, chegou a um acordo com o Tianjin Quanjin, time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. O clube da Vila Belmiro, porém, recebeu e recusou uma proposta de 11 milhões de euros (R$ 48 milhões). 


A diretoria santista acredita que pode lucrar mais com Geuvânio e tentará resistir ao máximo à pressão dos chineses, mesmo sabendo que o atacante já tem um acordo salarial. O Santos tem 35% dos direitos econômicos do jogador e vê 20 milhões de euros (cerca de R$ 86 milhões) como um bom valor para liberá-lo. Doyen Sports (35%) e empresários têm o restante do atleta. 


Geuvânio, inclusive, não é o primeiro jogador do elenco comandado pelo técnico Dorival Júnior a sofrer assédio do futebol da China. O meia Lucas Lima recebeu sondagens de clubes asiáticos, mas recusou por não querer correr o risco de perder espaço na seleção brasileira aos 25 anos.


Experiente, o centroavante Ricardo Oliveira, de 35 anos, admite que qualquer jogador de futebol deveria aceitar os valores oferecidos pelas equipes chinesas. Geuvânio, por exemplo, receberia R$ 1 milhão por mês.


– É algo que não se consegue evitar (assédio da China). Talvez seja ruim para a Seleção, para o Campeonato Brasileiro, mas nós atletas olhamos para dentro da nossa casa quando recebemos uma proposta dessas e não temos como recusar. Aí você abre mão de muitas coisas, como do futebol europeu, em busca de independência financeira. O mercado chinês cresceu de uma forma absurda – disse o atacante.


O Santos, porém, segue firme na luta contra o assédio da China. O presidente Modesto Roma Júnior teme que as propostas feitas diretamente aos jogadores impeçam o Peixe de oferecer resistência. Nos próximos dias, o futuro de Geuvânio será resolvido. No Brasil ou na Ásia.



Fonte: Globo Esporte

Naviraí Diário
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