Indústria de MS pode fechar 20 mil vagas com fim de desoneração

Postada por: Jr Lopes | Data 24/08/2015 | Imprimir
Setor industrial de MS deve fechar vagas de trabalho com o fim da desoneração da folha (Foto: Reprodução/TV Morena)


O setor industrial de Mato Grosso do Sul pode fechar até 20 mil vagas de trabalho até o fim deste ano com a entrada em vigor do projeto de lei que altera a política de desoneração da folha de pagamentos e aumenta o imposto sobre a receita bruta de empresas de 56 setores da economia. O alerta foi feito pelo presidente da Federação das Indústrias do estado (Fiems), Sérgio Longen, em entrevista do Bom Dia MS, da TV Morena, nesta segunda-feira (24).


O projeto de lei era o último item do ajuste fiscal enviado ao Congresso Nacional pelo governo federal e foi aprovado na semana passada pelo Senado e agora vai para a sanção da presidente Dilma Rousseff.


Longen explicou que até julho este ano, de acordo com levantamento da entidade, foram fechadas 12 mil vagas de emprego nas indústrias do estado e, com o agravamento da crise econômica aliada à política fiscal da União, esse número deve chegar a 20 mil como forma de ajuste por parte dos empresários devido a perspectiva de um cenário ainda pior em 2016.
 

“Quando se transfere esse custo para os produtos finais, você diminui o poder de compra da população e, com a restrição do consumo, automaticamente as indústrias reduzem a produção, resultando em demissões”, comentou.


O presidente da Fiems explica que, antes da desoneração da folha de pagamento de 56 setores da economia, as indústrias pagavam 20% da folha para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) como contribuição. Ele comenta que o governo, inicialmente entendendo que a contribuição era pesada, criou uma condição de melhoria para o setor empresarial, criando as alíquotas de 1% e 2% sobre o faturamento bruto. Entretanto, diante do quadro de crise e precisando aumentar a arrecadação, o governo federal, por meio desse projeto vai aumentar as alíquotas, a de 1% para 2,5% e de 2,5% para 4,5%.



Fonte: Fiems

Naviraí Diário
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