Brasil vence Honduras, mas ouve vaias da torcida

Frio, chuva, um estádio longe de estar lotado, um adversário fraco e, acima de tudo, um time da casa que novamente não encantou. Depois de superar o México "jogando para o gasto" no último domingo, o Brasil voltou a campo nesta quarta-feira, contra Honduras, no Beira-Rio. A Seleção venceu por 1 a 0, mas não convenceu. E acabou vaiada no fim do jogo.

O duelo com os mexicanos deixou a desejar. O confronto com os hondurenhos também. Aliás, as duas partidas tiveram diversos aspectos em comum. Muitas cadeiras vazias, pouco apoio da torcida e raras jogadas de criatividade. A "única" (grande) diferença estava no banco de reservas: Neymar.

Dono do nome mais aplaudido antes de a bola rolar, o camisa 10 foi festejado em peso até quando aqueceu atrás do gol. Poupado nos primeiros minutos, o atacante viu sentado um meio de campo formado por Fred, Willian e Philippe Coutinho que até tentava, mas não conseguia levar perigo ao gol do rival.

De pé, mas ainda fora das quatro linhas, o craque aplaudiu a única boa jogada da Seleção na etapa final. Depois de bela troca de passes de Filipe Luís e Philippe Coutinho na ala esquerda, Roberto Firmino invadiu a área e abriu o placar.

Mas os torcedores gaúchos esperavam mais do Brasil. Na verdade, eles esperavam por Neymar. E o craque entrou na volta do intervalo. Incendiou as arquibancadas, chamou o jogo, arriscou alguns dribles e, por pouco, não fez um bonito gol, em forte chute da entrada da área.

Robinho, também exaltado pela torcida, entrou bem, mas não mudou em nada no panorama da partida. Um panorama que preocupa para a Copa América no Chile, mesmo com Dunga tendo na bagagem dez vitórias em dez jogos desde que retornou ao comando da Seleção.

O futebol tem sido eficiente, é verdade, mas nada vistoso. Depender apenas da genialidade de Neymar é muito pouco para uma seleção pentacampeão mundial e que quer apagar o vexame da última Copa, não?