Conmebol diz que não ajudará na defesa de Marin

Postada por: Jr Lopes | Data 01/06/2015 | Imprimir
José Maria Marin está preso em Zurique (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)


Quase quatro meses depois de conferir a José Maria Marin o título de membro honorário, a Conmebol não quer nem saber de manter um vínculo público com o ex-presidente da CBF, banido temporariamente do futebol após ser preso na Suíça, sob acusação de ter participado de um esquema de recebimento de propina.


Apesar de ter decidido em Zurique que iria prestar, ao menos, assessoria jurídica ao dirigente brasileiro, o diretor geral da Conmebol, Gorka Villar, garante que não há envolvimento algum na defesa de Marin. O mesmo vale para os outros dois detidos, o uruguaio Eugenio Figueredo, agora ex-vice-presidente da Fifa, e o venezuelano Rafael Esquível, que deixou de ser vice da entidade sul-americana.


– Eu sou diretor da Conmebol, advogado de formação, mas não sou o responsável por defender Esquível, Marin ou Figueredo. Eu estava na delegação em Zurique, mas não me envolvi. A Conmebol também não é a responsável por defender qualquer um dos três – disse ele ao LANCE!.


Villar, que é espanhol e filho do presidente da Federação Espanhola (José Maria Villar, que também é vice-presidente da Fifa), ressalta ainda que a entidade tampouco tem conhecimento da identidade dos advogados suíços que têm a missão de cuidar dos três casos.


– As informações que tivemos é que, como o caso está acontecendo na suíça, eles procuraram advogados suíços. Foram vários nomes. Fizeram contatos diferentes, mas a Conmebol não foi informada sobre quem são – comentou.
Villar evita descrever como serão os procedimentos da Conmebol para arrumar a casa após a prisão de três cartolas e a exposição de esquemas de corrupção envolvendo ex-presidentes da entidade:


– Prefiro não fazer comentários sobre isso. Esse assunto acabou na sexta-feira. No sábado, tivemos um dia importante. A reunião do Comitê Executivo manteve as quatro vagas e meia da América do Sul na Copa do Mundo. Foi muito importante isso.


Há quatro meses, no evento em que foi homenageado, José Maria Marin ouviu da boca do presidente da Federação Chilena, Sergio Jadue, que era “exemplo de tenacidade e integridade e um dos grandes promotores da unidade dentro da Conmebol”. Hoje, o pessoal quer distância.


Preso, Marin perdeu jantar de gala e assistente pessoal


Ao ser detido na manhã de quarta-feira, em Zurique, Marin perdeu uma das regalias que teria ao ter se mantido como dirigente da Conmebol: o jantar de gala da entidade, que ocorreu, sem os mesmos glamour e animação previstos. Segundo o L! apurou, Marin estava em Zurique acompanhado da esposa, Dona Neusa, como costuma acontecer em eventos importantes.


Além de perder o convívio social, Marin perdeu a companhia do fiel escudeiro, Alexandre Silveira – que é faz-tudo da cúpula da CBF desde a época de Ricardo Teixeira. Em viagens internacionais, Alexandre vira secretário, carregador de mala (ou pasta) e até assessor de imprensa.


Foi Alexandre quem avisou ao restante da delegação brasileira em Zurique (os presidentes da Federação Cearense, Mauro Carmélio, e da Federação Goiana, André Pitta) que Marin havia sido preso pela polícia suíça. Os dirigentes ficaram em hoteis separados.


Alexandre voltou ao Brasil na quinta-feira, com Marco Polo Del Nero, que voltou ao Rio com o argumento de que precisava resolver do Brasil os problemas enfrentados pela CBF.




Fonte: Lance Net!

Naviraí Diário
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