Após denúncia do Fantástico, vereadores querem abrir Comissão Processante contra prefeito de Campo Grande

Um dia após denúncia de um esquema de agiotagem envolvendo o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), três vereadores propõem a abertura de uma Comissão Processante contra o chefe do Executivo municipal. Ao G1, a vereadora Thaís Helena (PT) disse que o pedido será apresentado nesta terça-feira (19) e serão cinco os motivos contra o pepista. Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura de Campo Grande informou que não vai se posicionar sobre o assunto.

Entre as denúncias, a petista destacou que o prefeito responde pelos crimes de corrupção passiva, estelionato e lavagem de dinheiro. O segundo motivo é o não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, pois Olarte não teria prestado as devidas contas, de acordo com a vereadora. A terceira questão se refere ao uso de um avião monomotor por parte de Olarte.

“Ele usou o jatinho particular de um fornecedor sem prestar contas ao município. Ainda temos a questão dos nomeados e também o piso dos professores, no qual ele mesmo, como vice-prefeito na época, aprovou o pedido da categoria e agora, como atual prefeito, não cumpre”, disse Thais Helena.

Além dela, os vereadores Marcos Alex (PT) e Luiza Ribeiro (PPS)  são os representantes da oposição no documento. “Estou sendo muito cobrada nas ruas sobre esta questão. As pessoas questionam se não vamos fazer nada diante das denúncias e estamos há mais de um ano cobrando uma posição para a nossa cidade”, comentou Thais Helena.

A não apresentação de um balanço financeiro por parte da prefeitura e ainda a reportagem veiculada no Fantástico, da Rede Globo, fazem parte do documento que pede a abertura da processante.

“Amanhã o documento será entregue à Procuradoria Jurídica da Casa e encaminhado ao plenário para verificar se instaura ou não a Comissão Processante. Se aprovada pela maioria dos vereadores, vamos tomar uma posição sobre as denúncias contra ele [o prefeito]”, finalizou a vereadora.