Paralisação dos caminhoneiros 'trava' setor do hortifruti
A greve dos caminhoneiros em oito estados do país começou a desabastecer setores do comércio, da alimentação e de combustíveis em todo o país. Em Dourados, o setor mais prejudicado é o de hortifruti.
O protesto dos caminhoneiros que pede principalmente a redução do preço do diesel não tem data para terminar. Enquanto aguardam uma posição do governo federal e dos governos estaduais, para reduzir impostos como ICMS, as rodovias continuam sendo bloqueadas e mercadorias que deveriam chegar a seus destinos estão estragando, principalmente aquelas que são perecíveis, como frutas e verduras.
A frutaria Caxias do Sul, na região central de Dourados, já contabiliza perdas. Sexta-feira passada a empresa encomendou uma carga da região sul do país e já foi informada que os produtos já estão estragados na estrada, prejuízo de R$ 30 mil. "Temos que ver com o fornecedor se ele poderá dar um desconto porque nem ele e nem nós temos culpa da paralisação", diz Rosangela Busa, da Caxias do Sul.
Produtos como morango, brócolis e couve-flor praticamente desapareceram das prateleiras de mercados e frutarias em Dourados. No supermercado Big Bom, segundo o empresário Edson Dutra, até ontem a paralisação só afetou o setor de hortifruti, mas se o protesto continuar outros setores, como da alimentação, poderão ficar desabastecidos. A maioria desses produtos vem de outros estados.
Em Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira, manifestantes paralisaram seis trechos. Quatro deles em Dourados, sendo um trecho da BR 463, entroncamento para Laguna Carapã, dois trechos da BR-163, saída para Fátima do Sul e Caarapó e, no Anel Viário, próximo a penitenciária estadual. Os demais bloqueios ocorreram na saída de Campo Grande para Terenos, no km 366, da BR 262, e no km 614, da BR-163, em São Gabriel do Oeste.
Em Dourados a barreira nas rodovias têm início por volta das 7h e tem uma pausa por volta das 11h, retornando às 13h, prosseguindo até às 18h, quando é encerrada. Em alguns estados, como Paraná e São Paulo, a paralisação é mais rígida e as rodovias ficam bloqueadas por um período maior.
Fonte: Dourados Agora
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