Rapaz admite ter empinado moto, mas alega perda de memória sobre acidente fatal

Postada por: João Guizolfi | Data 26/01/2015 | Imprimir
Thiago deixa delegacia após depor sobre acidente que matou adolescente


Thiago Angelo de Lima, de 21 anos, contou uma nova versão ao delegado responsável pelo caso, diferente daquelas ditas extra-oficialmente. Disse, nesta segunda-feira (26), que chegou a empinar a motocicleta quando trafegava pela Avenida Presidente Ernesto Geisel, porém no momento do acidente no qual morreu a namorada dele, Victória Nunes, 17 anos, alega ter perdido a memória.


“Ele disse que fez a infração de trânsito há alguns metros do local, porém, quando se envolveu no acidente, em que bateu a moto em uma árvore localizada nas margens do Córrego Segredo, onde a namorada foi arremessada, ele já não se lembra como foi”, disse o delegado ajunto da 1ª DP (Delegacia da Polícia Civil), Miguel Said.


O rapaz contou que gosta de fazer manobras radicais com o veículo e que seguia para um evento onde faria demonstração, nas proximidades do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), região da saída para Rochedo. Porém, não relatou se o tal evento tinha ou não autorização para a prática.


Mas, antes, passou na casa da namorada, a adolescente Victória Nunes, de 17 anos, que o acompanharia. Durante o trajeto, ele chegou a empinar o veículo, com ela na garupa.


Além disso, Thiago ainda revelou que anteriormente já havia sido abordado empinando o veículo em via pública, porém na ocasião só foi advertido, sem qualquer tipo de multa ou penalidade por parte da autoridade policial.


Said disse ainda que não indiciou o rapaz, ou seja, ele não responde por qualquer tipo de crime. “Estamos ouvindo ele preliminarmente. Já ouvi algumas pessoas e faltam alguns laudos periciais, mas ele não é apontado como responsável pelo acidente”, fala o delegado do caso.


O advogado do motociclista, Marlon Ricardo Lima Chaves, que acompanhou o rapaz durante todo o procedimento, defende a ideia de que Thiago também foi uma vítima no caso. “Ele não teve culpa de nada, foi um acidente”, afirma, complementando: “ainda não tenho uma tese sobre o fato, pois meu cliente não foi denunciado, se isso acontecer, então pedirei o inquérito para saber do que se trata a denúncia”.


O rapaz saiu do local em uma cadeira de rodas, com um braço e uma perna ainda enfaixados. Ele estaria em recuperação médica, de acordo com a família e amigos dele, que o aguardavam na recepção da unidade policial.



Fonte: Campo Grande News

Naviraí Diário
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