Apuração do valor total de carga apreendida na MS-164 deve levar um mês, diz PF
Postada por: João Guizolfi | Data 15/12/2014 | Imprimir
Carga será avaliada por especialistas e suspeita é que quadrilha com mais de 100 pessoas esteja envolvida - Foto: Divulgação
O trabalho da Polícia Federal em Dourados para identificar o valor total da carga milionária apreendida na sexta-feira (12) na rodovia MS-164 deve durar aproximadamente um mês, segundo informado pelo delegado da PF, Marcel Maranhão.
“São muitos itens específicos, equipamentos que somente especialistas podem esclarecer do que se trata e a gente vai ter que ir até essas pessoas procurar um apoio para identificar o que é e aí sim estimar um valor”, disse o delegado.
Agentes da PF devem, por exemplo, ir até o Hospital Universitário pedir ajuda à direção e ao corpo clínico para identificar equipamentos de raio-x, odontológicos, entre outros que foram apreendidos junto de centenas de outras mercadorias, todas oriundas do Paraguai. A PF diz precisar também de um especialista – que o órgão ainda não sabe de qual área será – para identificar uma rocha de mais de 50 quilos que estava embalada em uma caixa com decoração artística.
“É uma coisa que nunca vimos igual, imagino que seja de valor, algum tipo de minério, não sabemos. É peça encomendada para quem entende da coisa, um especialista ou colecionador, como é o caso de várias garrafas de vinhos importados e muito antigos que também encontramos no caminhão”, destacou Maranhão.
Depois que todos os itens forem identificados e tiverem seus valores estimados, os produtos serão encaminhados para a Receita Federal que deve encaminhá-los para doação ou leilão, posteriormente.
A PF pretende, inclusive, pleitear junto ao Judiciário uma autorização para que as centenas de armas de paintball (esporte em que equipes devem agir estrategicamente para eliminar adversários com a ajuda de um marcador, que é o nome dessas armas responsáveis pelo disparo de cápsulas gelatinosas recheadas de tinta colorida) apreendidas sejam doadas ao órgão para uso em treinamento de novos agentes.
O CASO
A carga que deve ultrapassar as dezenas de milhões de reais foi apreendida após a PF receber uma denúncia anônima que indicou onde os produtos eram transportados. Conforme o delegado responsável pelo caso, uma organização criminosa com a participação de centenas de pessoas deve ser a ‘dona’ do carregamento.
A constatação foi feita com base no fato de que os equipamentos médicos, por exemplo, são muito específicos, o que não atrairia voluntariamente um contrabandista a comprá-lo no Paraguai sem que tivesse um receptor certo. O motorista que conduzia o caminhão que tinha placas de São Paulo, e que não é natural de Mato Grosso do Sul, permanece preso. A PF não divulgou o nome dele.
Fonte: Dourados News
Naviraí Diário
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