Capital registra morte e se prepara para epidemia de dengue
Campo Grande já se prepara para enfrentar outra grande epidemia de dengue. Três anos depois de atingir 45 mil pessoas, a doença ganhou força nos últimos meses e ameaça repetir esta façanha, com muito mais gravidade, em 2010.
O número de casos notificados este mês já é 1.138% maior em relação ao mesmo período do ano passado. No sábado passado, um adolescente de 13 anos pode ser a segunda vítima da doença neste ano na Capital. Ele morreu após ficar cinco dias internados no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian.
Desde o mês passado, o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, vem alertando a população para a repetição de uma segunda epidemia da doença e com um número muito maior de casos graves. O vírus tipo 1, do qual 80% da população está suscetível, está em circulação e deverá ser o responsável pela propagação da dengue neste verão.
MPRTE
Segundo a responsável pela Vigilância Epidemiológica da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Erci Hirota, o menino de 13 anos apresentou os sintomas e foi internado no HR no dia 21 deste mês. Ele não resistiu e morreu um dia depois do Natal.
Os resultados dos exames serão divulgados em 10 dias. No entanto, segundo Erci, 90% de probabilidade da causa da morte ser dengue hemorrágica, o tipo mais grave da doença.
Este é o segundo óbito causado pela dengue este ano. Se for confirmado, repetirá o mesmo número registrado em 2006 e 2007. No ano passado, não houve morte por dengue na Capital.
EPOIDEMIA
Até ontem, 30 de dezembro, a Sesau notificou 1,3 mil casos suspeitos de dengue em Campo Grande. Faltando dois dias para encerrar o ano, com uma média de 100 novas notificações por dia, o número deste mês deverá superar o registrado em dezembro de 2006, véspera da grande epidemia, quando foram contabilizados 1.438 casos.
Em relação a dezembro do ano passado, quando foram 105 notificações, houve aumento de 1.138%. O número supera em 296% as ocorrências do mesmo mês de 2007, quando foram 328 pacientes com os sintomas da doença.
“O serviço público está fazendo a sua parte, mas é o trabalho de uma formiguinha diante de uma população de quase um milhão de habitantes”, alertou Erci, que fez um apelo para a população combater o mosquito transmissor da doença na cidade.
Fonte: Campo Grande News
www.naviraidiario.com.br