Inverno começa neste sábado e promete ter temperaturas mais amenas

O inverno 2014 começa às 7h51 deste sábado, dia 21. De acordo com os especialistas, o risco maior para as lavouras de inverno neste ano não será o frio, e sim a chuva. Devemos ter massas de ar de origem polar, mas elas não deverão ser tão intensas quanto as do ano passado, quando nevou na região Sul do país.

– Temperaturas mais elevadas que o normal são esperadas na maior parte do país nos próximos meses, sendo mais perceptíveis a partir do fim da estação – comenta o climatologista da Somar, Paulo Etchichury.

Com o aquecimento das águas do Oceano Pacífico e formação do fenômeno El Niño, as frentes frias vão continuar bloqueadas sobre a região Sul, trazendo chuva acima da média. As ondas de frio ficarão mais ao sul, entre Chile, Argentina e Uruguai, avançando pouco sobre o Brasil. As últimas simulações climáticas indicam chuva acima da média no centro, oeste e norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, oeste e sul do Paraná e também no sul de Mato Grosso do Sul. Estas chuvas podem trazer mais complicações para o trigo ao longo da safra. O Paraná, mesmo com todas as intempéries dos últimos dias está com 75% da área plantada. No Rio Grande do Sul, este percentual gira em torno de 5%.

No Sudeste e no restante do Centro-Oeste do Brasil não há previsão de desvios significativos na chuva, lembrando que o inverno é uma estação que naturalmente chove pouco nestas regiões.

Já no Nordeste, as simulações atmosféricas indicam chuva acima da média em todo o litoral da Bahia, além do Recôncavo Baiano e do Estado de Sergipe. Também há previsão de chuva acima da média entre o litoral do Maranhão e Piauí. Já entre o Rio Grande do Norte e Pernambuco, apesar da expectativa de alguns temporais nos próximos meses, o acumulado não será elevado o suficiente para alcançar a média.

Na região Norte, o norte do Amazonas e do Pará e os Estados de Roraima e Amapá também receberão chuvas fortes, mas que não deverão alcançar a climatologia do inverno. As ondas de frio não deixarão de chegar ao Brasil, mas não virão com a mesma frequência observada em 2013.