Rússia detecta no mar teste de míssil entre Israel e EUA

Postada por: Andrey Vieira | Data 03/09/2013 | Imprimir


Israel confirmou que fez um teste de um míssil, que foi usado como alvo um sistema antimísseis financiado pelos EUA, no Mar Mediterrâneo nesta terça-feira (3), em meio à tensão regional provocada pela guerra civil da Síria. O teste foi realizado com sucesso, segundo autoridades israelenses. O ministério israelense disse que o teste foi conduzido às 9h15 (3h15 no horário de Brasília), com a colaboração e o conhecimento dos EUA, praticamente no mesmo horário que a agência de notícias russa RIA disse que um radar russo havia detectado o lançamento de dois "objetos" balísticos no Mediterrâneo. O lançamento do míssil, do tipo radar Ankor, aconteceu no Mediterrâneo a partir de uma base militar no centro de Israel, segundo a imprensa israelense. Ele foi detectado pelo sistema russo de alerta em Armavir, sul da Rússia, segundo um comunicado do ministério. Por conta do incidente, a Rússia aumentou o nível de alerta. Um funcionário do ministério russo havia criticado mais cedo os EUA por enviarem navios de guerra ao Mediterrâneo, próximo à Síria. EUA A Marinha dos EUA não disparou nenhum míssil a partir de navios no Mediterrâneo, disse um porta-voz do quartel-general da Marinha norte-americana na Europa. "Não foi disparado nenhum míssil a partir dos navios dos EUA no Mediterrâneo", disse o porta-voz, que não forneceu mais detalhes. "Israel rotineiramente lança mísseis ou drones (aeronaves não tripuladas) para testar sua própria capacidade de defesa balística", disse à France Presse uma fonte norte-americana em Washington. Expectativa de ataque A região vive um clima tenso por conta da perspectiva de um ataque americano à Síria, em represália ao suposto uso de armas químicas pelo regime sírio na guerra civil contra os rebeldes. Não houve relatos de ataque a território sírio nesta terça. Aval do Congresso O presidente dos EUA, Barack Obama, disse no sábado que vai buscar o aval no Congresso americano para atacar a Síria. No âmbito da ONU, Rússia e China, aliados da Síria, barram resolução do Conselho de Segurança que abriria caminho para ataque ao país. O governo de Bashar al-Assad nega ser responsável pela morte de centenas de civis no suposto ataque com gás em 21 de agosto. A Rússia, principal aliada de Assad no cenário externo, diz suspeitar que o ataque tenha sido cometido por rebeldes, para provocar uma intervenção militar externa. O sistema de radar de alerta antecipado da Síria não detectou nenhum míssil atingindo o território do país, de acordo com uma fonte de segurança síria citada pela emissora de TV libanesa Al-Manar.


Fonte: G1

Naviraí Diário
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