Produtores protestam em Campo Grande e são barrados em evento com a presidente Dilma
Cerca de 2 mil produtores rurais realizam um protesto contra as demarcações de terras indígenas no Jóquei Clube, onde acontece a solenidade com a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em Campo Grande. O cerimonial da Presidência da República barrou a entrada do grupo com camisetas com escritos de protesto e apitos no evento.
Wagner Caetano, assessor do assessor do secretário geral da Presidência Gilberto Carvalho, e o deputado federal Vander Loubet (PT) receberam um grupo de presidentes de Sindicatos Rurais. Eles vão permitir acesso do grupo, mas sem a camiseta com a inscrição “O Brasil que produz, pede socorro”.
Eles terão a garantia de que a carta com as reivindicações do grupo será entregue para a presidente Dilma logo após a solenidade de entrega dos 300 ônibus. No entanto, Caetano condicionou a entrega ao comportamento dos produtores rurais. Ele disse que se houver um grito ou protesto durante a presença da presidente, o acordo está desfeito.
Também foi acertada uma reunião para discutir a crise na primeira quinzena de maio em Brasília. Os produtores serão recebidos por ministros, incluindo o da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marta Azevedo.
No entanto, o cerimonial só está permitindo o acesso dos presidentes dos Sindicatos Rurais. A maior parte do grupo vai ficar do lado de fora. A Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS) também denunciou que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) está bloqueando veículos com os produtores rurais nas rodovias da região sul. No entanto, a liberação está sendo parcial.
De acordo com a organização, 25 ônibus vieram do Estado para participar do protesto contra as demarcações de áreas indígenas. Quatro ônibus são de produtores da região oeste do Paraná. O presidente da Famasul, Eduardo Riedel, pediu calma aos manifestantes. Ele disse que o protesto deve ser pacífico e pediu para o grupo evitar confusão. “Não podemos perder a oportunidade de negociar”, afirmou.
Os dirigentes que estão tendo acesso ao Jóquei Clube ameaçam colocar a camiseta após a chegada da presidente Dilma. Os 69 sindicatos rurais e a Famasul querem pedir praz no campo e segurança jurídica aos produtores rurais. Eles protestam contra a criação ou ampliação de áreas indígenas em 26 municípios da região sul do Estado. O MPF (Ministério Público Federal) pede a criação ou ampliação de 39 novas áreas indígenas no Estado.
Fonte: Campo Grande News
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