Projeto lançado em MS deve impulsionar produção de borracha natural no Estado
Segundo as previsões, em 2030 o Brasil deverá consumir um milhão de toneladas de borracha natural, o que implicará em ampliar a produção do produto. Mato Grosso do Sul é um dos Estados onde a atividade é mais promissora. Um projeto apresentado durante esta semana a autoridades, empresários e produtores deve tornar a região principal fornecedora de borracha do Brasil.
A seringueira, que produz a matéria-prima da borracha, é uma planta nativa da Amazônia. O Brasil já foi o maior produtor do mundo, mas atualmente precisa importar cerca de 75% para atender o mercado interno. Apesar disso, a atividade está crescento no país. São Paulo é o Estado que mais produz, responsável por 55% da produção de látex, seguido de Mato Grosso do Sul, que possui uma maior área plantada de seringueiras.
Atualmente, são plantados no Brasil 13 milhões de seringueiras. Segundo a Cautex Florestal, empresa com sede em Mato Grosso do Sul que desenvolve tecnologias para o cultivo da árvore, a previsão é de que sejam acrescentadas mais 25 milhões no Estado nos próximos oito anos.
Durante um evento realizado na quinta, dia 9, pela Cautex Florestal na cidade de Cassilandia, na região conhecida como bolsão sulmatogrossense, o segmento que trabalha no ramo da heveicultura, nome dado ao cultivo de seringueiras, conheceu um projeto que aposta no crescimento da atividade no Brasil, especialmente em Mato Grosso do Sul. A intenção dos empresários é usar da disponibilidade de áreas no local, muitas delas de pastagens degradas, e construir um complexo da borracha. O objetivo, segundo a empresa, é impulsionar o setor.
– Ele é revolucionário porque é um projeto estruturado, verticalizado. Tem tudo em um único lugar, desde o produto base até o produto final – explicou o diretor da Cautex Florestal, Getulio Ferreira.
A empresa, que já plantou cinco milhões de seringueiras em cinco Estados, um total de nove mil hectares de plantação. A quantidade de plantas deve chegar a 20 milhões nos próximos quatro anos, o necessário para viabilizar o projeto. As obras começam em 2014 e a previsão é de que sejam concluídas em 2020. O investimento é de R$ 2 bilhões.
Grandes empresários já fizeram parceria para investir no negócio, como o produtor de cana e de gado, Ian Hill que, nos últimos anos, decidiu apostar na cultura também. Atualmente, o produtor possui uma área com 360 mil pés na cidade de Valparaiso, no Estado de São Paulo. Segundo ele, o segmento percebeu a importância da atividade para o Brasil e a necessidade de investimentos na atividade.
O rendimento líquido com a seringueira pode chegar a R$ 9 mil por hectare a cada ano. Para plantar 100 mil árvores, são necessários em torno de R$ 6 milhões.
Fonte: Canal Rural
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