Artigo: A todos os pais Naviraienses
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Paulo Hamilton
Hoje somos homenageados como pais e nos sentimos gratificados pela missão que Deus nos concedeu pela paternidade que nos fez semelhantes ao Pai que nos criou.
Ser pai! Não importa a raça, a crença, a nacionalidade, o que importa é que sejamos pais com toda a responsabilidade, com todo o compromisso que assumimos essa tarefa, como dádiva de Deus ao homem como procriador da espécie humana. Neste dia compartilho com todos os pais a felicidade de poder ouvir dos filhos queridos a mais comum das saudações neste dia: Parabéns papai.
E para este modesto escriba, mais um Dia dos Pais, mais uma vez sem o meu pai presente, mais uma vez a tristeza toma conta do meu coração e me faz sentir a ausência daquele que foi o meu exemplo de vida, de trabalho e de amor aos filhos.
Mais uma comemoração que passo sem poder vê-lo no meu meio. Mais um Dia dos Pais, e eu sozinho no meu mundo de saudades e recordações. Como posso comemorar esse dia sem poder abraçar meu pai, sem poder dizer-lhe que o amo, sem tê-lo presente em nossa mesa para o almoço de confraternização e de homenagem pelo seu dia?
Mas ele está presente, vivo, olhando para mim numa foto que olho diariamente e o vejo como se vivo estivesse.
Pai, um dia estiveste comigo e me fizeste sentir o teu amor e o teu carinho, um dia me abraçaste carinhosamente e me fizeste acreditar que eras a minha segurança, o meu sustentáculo, a minha firmeza.
Hoje, já na eternidade deves olhar para todos nós teus filhos e de lá abençoar a cada um com a bênção de um pai que um dia soube amar, soube ser verdadeiramente pai.
Com ele aprendi muitas coisas.
Em casa era como todo pai, amável, atencioso, sempre presente, sempre pai. Mas, como todo “mas...” existe, já adulto, casado, com três filhos, para mim tudo mudou de repente. Certo dia, fomos tragados pela sua partida para a eternidade, daquele amigo, daquele companheiro, daquele tudo que eu mais prezava, mais amava.
Foi como estivesse um terremoto em minha vida. Buracos se entreabrindo, me engolindo, me transformando em uma desconhecida pessoa.
Aquela lição ele não me ensinou. Que as pessoas morrem, desaparecem.
E eu fico imaginando aquela lição não dada, não explicada. Vou ficar ainda na cobrança, naquela expectativa de uma lembrança.
Muito obrigado pai que Deus o abençoe e o faça sempre merecedor da glória eterna. Hoje é o teu dia. E o nosso. Minha homenagem de filho, de companheiro solitário, de amigo que jamais irá esquecê-lo, até o dia do nosso futuro reencontro...
Se você ainda for criança, pule agora no pescoço de seu pai e exija – isto mesmo – EXIJA que ele brinque com você, que conviva com você todo dia e não apenas no tempo que sobra.
Porque tem pai que perde o tempo da infância do filho e ainda acha que exista algo que possa justificar! E nem se dá conta de que quem perde a infância, também perde a adolescência, perde a juventude, perde tudo!
Se você é um jovem, chame seu pai para sair, apresente seus amigos, sua namorada ou simplesmente passear em algum lugar. Não precisa falar nada, pais e filhos costumam se entender, mesmo em silêncio. Basta estarem juntos.
Mas, se você for pai, então pegue seu filho, independentemente de ser uma criança, um adolescente ou um jovem, e o abrace forte, converse com ele, fale de sua vida, da vida dele, do vínculo que os une e sonhe com ele toda uma vida de alegrias, de felicidades, presidida pela consciência de que devemos cultivar os grandes sentimentos que pulsaram desde sempre dentro de nossos corações, como, por exemplo, o sentimento de um pai para com seu filho e de um filho para com seu pai.
E neste dia, tenha a certeza de que quando sonhar com seu pai ele estará tão presente como sempre na vida de cada filho que o recorde com a mesma alegria, com o mesmo amor com que fomos criados por Aquele que sempre será o Pai de todos!
Um abraço fraternal a todos os papais de Naviraí e região.
(Paulo Hamilton é professor aposentado da Rede Estadual de Ensino e colaborador deste Site. Membro da Associação Naviraiense dos Poetas e Escritores)
Fonte: Paulo Hamilton
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