Inflação e renda maior causam sobe e desce de preços
Você já se sentiu perdido sobre o preço de um produto na hora da compra? Ficou surpreso com o valor cobrado por um serviço? Se a resposta foi sim, tranquilize-se: essa sensação é cada vez mais comum no Brasil. A alta da inflação dos últimos anos, combinada com a expansão da demanda por serviços, o aumento médio da renda, a queda do dólar e o avanço desproporcional de alguns custos alterou os preços relativos no país. Assim, referências de preços conquistadas há cerca duas décadas são perdidas. E, prepare-se: o desequilíbrio deve continuar nos próximos anos.
Graças a isso um quilo de filé mignon (em torno de R$ 38 em supermercados do Rio) custa mais que a mesma quantidade de camarão limpo (cerca de R$ 36). E, pelo mesmo preço, é possível comprar quase o dobro de bacalhau. Levar um cachorro para um banho na petshop (que chega a ultrapassar os R$ 50) pode ser mais caro que um corte de cabelo. Nos últimos anos, o preço da creche subiu com o dobro da velocidade das mensalidades de universidades. A instalação de um ar-condicionado split pode custar mais de R$ 400, ou cerca da metade do valor do aparelho, na faixa dos R$ 800.
E, se ficou mais fácil comprar um carro zero — o preço está 7,87% mais baixo que há cinco anos, segundo o IBGE — sua manutenção pode assustar: a lubrificação subiu 65,98% e o estacionamento, que chega a custar R$ 40 por dia no Centro do Rio, ficou 58,64% mais caro no período. E mesmo a banana já não está assim a "preço de banana": enquanto a inflação oficial do país, o IPCA, subiu 30,17% entre 2007 e 2011, a fruta tipo prata registrou alta de 48,84% e a banana-maçã, de 88,70%.
Fonte: O Globo
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