Família denuncia erro de hospital que causou morte
Por quase 20 horas, a família de Jorge Oliveira de Lima, de 47 anos, luta pela liberação do corpo do homem que morreu às 8 da noite horas de ontem.
O drama começou há uma semana, quando ele passou mal pela primeira vez. Depois de passar por posto de saúde, ir e voltar também do hospital, os parentes não conseguem um médico para assinar o laudo da morte, que segundo a família foi causada por negligência.
Jorge passou mal pela primeira vez na madrugada do dia 24, Segundo a enteada, Sônia Aldir, ele saiu desacordado de casa, na rua Groelândia, no Jardim Batistão, em Campo Grande.
Atendido pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), primeiro o paciente passou pelo posto do bairro Coophavilla II, de onde foi encaminhado para o Hospital Regional.
“O diagnóstico foi de princípio de infarto e pediram para ele ficar internado para uma bateria de exames”, conta Sônia.
Uma semana depois, Jorge foi liberado, sem maiores explicações à família. Dormiu bem, mas na manhã de ontem novamente sentiu dores e retornou ao Hospital Regional.
Às 11 horas teve alta, "por apresentar melhora", diz a enteada. “Disseram que ele estava bem, que não tinha nada.”.
Mas às 20 horas, lamenta Sônia, Jorge morreu. “O Samu socorreu, tentou reanimá-lo, mas ele não resistiu. Para a gente, disseram que os sinais eram de aneurisma e não de problema cardíaco”, reclama a enteada. O aneurisma é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar à ruptura da mesma.
Com a morte, o corpo voltou para o Hospital Regional Rosa Pedrossian, dependendo da assinatura do laudo pelo médio que fez o atendimento naquele dia. Como o falecimento ocorreu a menos de 24 horas da alta hospital, cabe ao profissional se responsabilizar pela liberação do corpo.
A direção convocou dois cardiologistas, mas ambos se recusaram a assinar o documento, apenas disseram que na parte cardiológica o paciente não tinha nada e exigiram necrópsia, para que sejam apontadas pelo legista as causa da morte.
“Fiquei até às 2 horas da madrugada de domingo tentando acertar a liberação, e nada. É um desrespeito com a família. Não tem médico para assinar um documento?”, questiona Sônia indignada.
Se não bastasse toda a dor da perda, a enteada conta que funerária ainda cobrou R$ 380 para que o corpo seja preparado para resistir até a próxima terça, depois do feriadão, quando acaba o recesso dos médicos legistas.
Sò depois da família fazer "plantão" no Hospital, que também foi questionado pela imprensa, o HR assumiu a responsabilidade de trazer um legista até o local para fazer a necropsia para a liberação do corpo
Fonte: CampoGrandeNews
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