MS tem 72% da malha viária entre regular e péssima

PRF e transportadoras discordam dos resultados da pesqusa da CNT (Foto: Divulgação/CNT)

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou ontem (26), uma pesquisa que avaliou a situação das rodovias federais e estaduais de todo o país. De acordo com a pesquisa, 72,8% das estradas de Mato Grosso do Sul estão classificadas entre regulares, ruins ou péssimas.

No estado mais de 4 mil quilômetros de rodovia foram pesquisados entre 27 de junho e 4 de agosto, o estudo levou em conta a pavimentação, sinalização e geometria das estradas. Em relação à qualidade do pavimento, onde os buracos são os pontos alvos avaliados, o estado possui 46,7% das estradas em situação considerada ótima.

No quesito sinalização, Mato Grosso do Sul possui 42,5% das estradas em situação regular e 25,2% consideradas ruins, de acordo com a pesquisa. Já a geometria, onde as solução de engenharia implantadas para reduzir o impacto das condições do relevo, 65,6% estão com a pintura das faixas desgastada.

Acidentes
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Estadual (PRF), o resultado da pesquisa não representa a realidade das pistas do estado e as condições das rodovias não seriam os fatores determinantes para os acidentes.

O excesso de velocidade, a imprudência dos motoristas e o desrespeito as sinalizações seriam as causas frequentes dos acidentes envolvendo carros de passeio e caminhões. A necessidade de rapidez na entrega de cargas pelos caminhoneiros, também seriam responsáveis por grande parte dos acidentes.

Outro Lado
Proprietário de uma empresa de transportes rodoviários, Lucídio de Arruda, contou ao G1 que a situação das estradas já esteve pior. “Hoje as estradas estão muito boas, há algum tempo atrás eu concordaria em dizer que 70% das pistas estão ruins, mas hoje não vejo assim”.

Edir Cantarelli, outro proprietário de uma transportadora do estado, diz que a situação não é ótima mas considera melhor que antigamente. “As rodovias estão bem melhores, mas existem locais que poderiam melhorar. O fluxo de trânsito em alguns lugares é muito grande e as estradas não aguentam”.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela manutenção das estradas federais foi procurado pelo G1, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno.