Começa revitalização da linha internacional entre Brasil e Paraguai
Depois de 15 anos de discussão, começaram as obras de revitalização na linha internacional entre Brasil e Paraguai. O objetivo é melhorar a estrutura do comércio na fronteira entre Ponta Porã, distante 346 quilômetros de Campo Grande, e a cidade paraguaia Pedro Juan Caballero. O projeto é orçado em R$ 6 milhões e está sendo custeado pela União Europeia.
O dinheiro para esta primeira fase já foi liberado para os dois municípios. No total, 900 metros de fronteira seca vão ser revitalizados. Nesta primeira etapa, R$ 2,3 milhões devem ser investidos do lado brasileiro, onde, por enquanto, serão construídos 100 boxes. Até o fim do projeto, esse número deve aumentar para 270.
O secretário de Infraestrutura e Obras de Ponta Porã, Hélio Pelufo, disse que a revitalização não tem custo nenhum para o município. "Dentro de 12 meses, teremos praticamente 80% das pessoas quem ocupam a linha em novo espaço."
Já do lado paraguaio, são mais de 500 lojas e também devem ser construídos pavilhões para praça de alimentação e eventos, além de estacionamento.
As máquinas fazem a limpeza da praça onde existiam prédios abandonados e que serviam de abrigo para moradores de rua. Alguns moradores ainda permanecem no local, mas devem ser encaminhados para entidades assistenciais. As obras de revitalização na fronteira começaram há duas semanas.
A camelô Estela Lesmo faz parte de um grupo de 19 camelôs que tiveram os boxes retirados da área. A loja dela agora está, provisoriamente, em uma outra rua. Uma estratégia para não atrapalhar as vendas na fronteira. "Vamos sofrer um pouquinho, mas o dia de amanhã vai ser bem melhor".
Para o freteiro Osmar Laurindo, que há dez anos trabalha em frente à praça, as mudançam devem trazer melhorias, mas ele diz que a preocupação não pode ficar apenas na construção do local, e sim na segurança para a própria população. "Construir é muito bom, principalmente para o povo que vem de fora. Mas tem que ter guarda municipal para cuidar disso aí."
Ponta Porã e Pedro Juan Caballero têm hoje cerca de 800 camelôs, sendo 80% paraguaios. Um acerto entre os dois municípios estabeleceu direitos iguais para os dois lados da fronteira. Uma comissão de representantes da União Europeia deve monitorar todos os meses o andamento das obras.
No lado paraguaio, as obras ainda não começaram, mas a prefeitura de Pedro Juan Caballeiro informou que vai esperar o recurso da segunda etapa, que ainda não tem data prevista para liberação, para iniciar as obras.
Fonte: G1/ MS
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