PF faz buscas novas em MS e MT em investigação sobre caçadas de onças
Policiais federais de Corumbá deflagraram nesta sexta-feira a fase complementar da Operação Jaguar 2, que busca envolvidos na caça ilegal de animais silvestres, especialmente, a onça-pintada.
As ações de hoje têm por objetivo arrecadar novas provas de envolvimento das pessoas que participaram do vídeo que desencadeou a investigação, informa a PF.
Os federais cumprem seis mandados de busca e apreensão: dois em Corumbá, um em Campo Grande, dois em Aquidauana e um em Rondonópolis (MT).
Participam das ações de hoje pelo menos 25 policiais federais, dois policiais militares ambientais e quatro servidores do Ibama. Segundo informações da Federal, os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Campo Grande.
A Jaguar 2, cuja as investigações já duram mais de um ano, foi desencadeada em 5 de maio para desarticular quadrilha que promovia safáris.
Na ocasião, foram apreendidos dois crânios de onça, três metros e meio de couro de sucuri e 12 galhadas de cervo, além de armas. Até uma mala confeccionada com couro de onça foi encontrada.
O caso - A operação é desdobramento da Jaguar I, desencadeada no ano passado. As investigações começaram a partir de um vídeo, enviado por um americano à Polícia Federal, que mostra um safári turístico na fazenda Santa Sofia, em Aquidauana, a 150 quilômetros de Campo Grande.
O vídeo era utilizado como uma espécie de propaganda da caçada ilegal, que custava de 30 a 40 mil dólares por safári, com direito a passagem, alimentação, translado, hospedagem. O prêmio era o que o caçador conseguisse abater.
As imagens que circularam em todo País são chocantes. Mostram um dos caçadores atirando contra uma onça que estava no alto de uma árvore. Após o disparo, o animal despenca e, ao solo, é cercado por cães. Num dos trechos, a pecuarista Beatriz Rondon, dona da fazenda, afirma que se tratava de uma fêmea muito bonita, mas que estava matando os gados de sua fazenda.
As imagens mostraram um caçador russo, além de outros estrangeiros, que acabavam atuando na parte logística, e Toninho da Onça, principal protagonista da Jaguar I.
A identificação de Toninho nas imagens foi fundamental para os federais desencadearem a segunda operação, que não fez prisões em flagrante. Segundo informações do Ibama, a Jaguar II foi executada para preservar provas.
Fonte: CG News
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