Maioria dos formados na Bolívia não consegue revalidar diploma no Brasil

Postada por: Jr Lopes | Data 25/07/2011 | Imprimir


A baixa concorrência, os menores preços e a proximidade fazem com que muita gente atravesse as fronteiras com Paraguai e Bolívia para cursar o ensino superior. Mas voltar para o Brasil e exercer a profissão nem sempre é fácil.


O sonho de se tornar médico motivou o técnico em contabilidade Estevão de Queiroz, de 48 anos, a procurar uma universidade boliviana. Ele mora na cidade sul-mato-grossense de Corumbá, que fica a cerca de oito quilômetros de Porto Quijarro, na Bolívia. "Optamos por questão financeira mesmo, porque lá o custo é bem mais barato do que aqui", afirma.


Enquanto nas escolas brasileiras de medicina as mensalidades variam de R$ 2,5 mil a R$ 6 mil, na Bolívia o custo fica em torno dos R$ 375 por mês. Além do preço, a facilidade para entrar na faculdade é outro atrativo. O folheto - em português e espanhol - diz que não é preciso fazer vestibular e oferece serviços para ajudar o candidato brasileiro a obter os documentos exigidos pelo governo para estudar na Bolívia.


A sede da universidade boliviana está sendo ampliada. A intenção é aumentar o acervo da biblioteca, que tem apenas uma estante, e estruturar novos laboratórios. Tudo para atender a demanda. "É uma universidade que está em estruturação ainda, mas temos recursos necessários para fazer medicina. A profissão é igual em toda a parte", relata Estevão.


Para atuar no Brasil, quem se forma na Bolívia ou em qualquer outro país precisa da revalidação do diploma. Desde o ano passado, o processo começou a ser padronizado. Todos os candidatos precisam passar por várias etapas de avaliação para que a formação em outro país tenha validade no Brasil.




Fonte: Globo.com

Naviraí Diário
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