Motorista de Audi ‘voa’ após derrubar árvore e bater em portão
“Nós pensamos que era um caminhão, uma carreta, com barulho que fez. Aí eu desço e vejo o motorista fora do carro, ao lado do motor que estava pegando fogo”, conta Leni Carvalho Thielmann sobre a cena que viu por volta da 1 hora deste sábado, na avenida Via Parque, esquina com a rua Arcênia, sentido bairro/centro, em Campo Grande.
O que Leni ouviu e viu foi o resultado da colisão do Audi conduzido por Ralfer Yoshiharu Teruya, 24 anos, em uma árvore e depois no portão de uma residência.
Com o impacto, o motorista, o motor e o estepe foram arremessados do interior do carro. O jovem caiu na calçada, ao lado dele, o equipamento que faz o veículo funcionar. O automóvel subiu na calçada, derrubou a árvore e parou no portão, o qual ficou danificado, assim como a cerca elétrica.
Há marcas de frenagem no asfalto por cerca de 10 metros antes da colisão, próximas a primeira placa indicadora da presença de radar com velocidade máxima permitida de 60 Km/h. Na calçada e até dentro da casa ficaram estilhaços de vidro, de lataria do carro e óleo.
O Audi ficou destruído. Só não houve danos na lateral direita traseira. O condutor, único ocupante do carro, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros para a Santa Casa com corte profundo na cabeça, ferimento no olho esquerdo e fratura na perna direita.
Leni mora em um sobrado na rua Santa Bárbara e assistia televisão quando ouviu o barulho. Ela foi para o local e viu o carro destruído em cima da calçada. “ A frente, do lado do motorista, simplesmente abriu. O motor do carro e o motorista voaram”, diz.
Ao chegar no local do acidente a moradora conversou com o motorista de uma caminhonete que disse a ela ter visto a colisão e também o Audi momentos antes.
Segundo Leni, o condutor do utilitário relatou que o carro de passeio trafegava a aproximadamente 180 Km/h pela avenida e por este motivo ele reduziu a velocidade pensando que poderia acontecer algum acidente.
A moradora fala que ficou desesperada diante do que testemunhou. “A gente fica tão desesperada em querer ajudar”. Foi ela quem sinalizou o local.
Outros acidentes- O redutor de velocidade foi colocado no local porque os moradores não agüentavam mais tantos acidentes e se mobilizaram. “Nós pedimos e demorou dois anos. A prefeitura precisava de 500 assinaturas e nós conseguimos”, lembra Gabriela Martins.
Um dos acidentes aconteceu em agosto de 2008 e resultou na morte de dois rapazes e outros feridos. Anastácio da Silva Yarzon Ortiz, que não tinha Carteira Nacional de Habilitação, bateu o carro que conduzia no veículo onde estavam as vítimas. Ele seguia pela Santa Bárbara e o outro automóvel pela Via Parque.
Também morador na região, Cid Martins lembra que há dois anos um caminhão bateu no portão de uma casa. “Tem muito acidente em toda a cidade”, diz.
Para Guilherme Thielmann a avenida larga contribuiu para que os motoristas trafeguem em alta velocidade e quando chegam nas proximidades do radar eles freiam e alguns perdem o controle da direção, o que pode ter acontecido com Ralfer.
Segundo Guilherme, há uma conveniência nas proximidades e muitas pessoas saem do comércio dirigindo pela via.
Fonte: CG News
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